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"Million Years Ago", de Adele, Enfrenta Proibição Global em Disputa de Direitos Autorais no Brasil

Foto do escritor: Christopher SuttenfieldChristopher Suttenfield

O mundo da música está acompanhando uma fascinante disputa de direitos autorais no Brasil, envolvendo a superestrela internacional Adele e o compositor brasileiro Toninho Geraes. Geraes alega que a música de Adele de 2015, "Million Years Ago", infringe os direitos autorais de seu clássico samba de 1995, "Mulheres", popularizado pelo cantor Martinho da Vila. Uma recente decisão de um tribunal brasileiro adicionou uma camada significativa de complexidade à situação, ordenando a remoção global da faixa de Adele das plataformas de streaming.


O cerne da alegação de Geraes está nas supostas semelhanças entre as melodias e progressões harmônicas das duas músicas, particularmente em suas seções iniciais. Embora semelhanças musicais frequentemente sejam tema de discussão no processo criativo, Geraes argumenta que, neste caso, a semelhança constitui plágio. Adele e seus representantes ainda não emitiram uma declaração pública diretamente abordando as acusações, algo comum em casos legais em andamento.

Adele permaneceu em silêncio diante das acusações de plágio feitas por Toninho Geraes.

A decisão, proferida pelo juiz Victor Torres da sexta vara comercial do Rio de Janeiro em meados de dezembro, possui amplas implicações. Um tribunal brasileiro ordenando a remoção global de uma música amplamente reconhecida destaca o alcance das leis de propriedade intelectual na era digital. Também reacende o debate contínuo sobre a tênue linha entre inspiração artística e violação de direitos autorais, uma discussão que existe desde que obras criativas começaram a ser compartilhadas e interpretadas.


A aplicação prática de tal decisão, particularmente no âmbito digital, apresenta desafios consideráveis. Remover completamente uma música da internet, com seus inúmeros uploads de usuários, versões em cache e plataformas internacionais, é uma tarefa quase impossível. A Universal Music, gravadora envolvida, dificilmente cumprirá totalmente a decisão e já declarou sua intenção de recorrer—ações que provavelmente serão custosas e prolongadas. Curiosamente, esta não é a primeira vez que "Million Years Ago" enfrenta acusações de plágio.


Quando a música foi lançada pela primeira vez em 2015, fãs de música turca e veículos de mídia apontaram semelhanças entre ela e uma canção de 1985 chamada "Acilara Tutunmak" (Apegando-se à Dor) do músico curdo Ahmet Kaya.


A própria Adele ainda não respondeu publicamente à situação. Esse silêncio é provavelmente uma estratégia calculada tanto do ponto de vista jurídico quanto de relações públicas. Comentários públicos poderiam influenciar o resultado de qualquer defesa legal e, quase certamente, atrairiam ainda mais atenção da mídia para o caso, potencialmente agravando a situação.


Este caso oferece uma oportunidade de análise sobre comunicações de crise e gestão de reputação. A maneira como a equipe de Adele e a Universal Music lidam com esta situação será crucial para mitigar possíveis danos à sua marca. Enquanto os procedimentos legais se desenrolam, gerenciar a percepção pública é igualmente importante. Uma estratégia de comunicação bem definida, focada em transparência (quando apropriada), mensagens controladas e engajamento proativo com as partes interessadas, é essencial em casos como este. Trata-se de um equilíbrio delicado que exige orientação especializada.


Seja coincidência, inspiração ou infração, as semelhanças entre as duas músicas destacam as complexidades contínuas de proteger obras criativas na era digital. Se sua empresa enfrenta um desafio semelhante ou precisa de orientação para elaborar uma estratégia robusta de relações públicas para lidar com situações complexas, a The New Standard pode ajudar. Somos especializados em criar estratégias de comunicação para ajudar empresas a proteger sua reputação e se comunicar de forma eficaz em tempos de crise.

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